Gardnerella vaginalis

1-Descrição do agente


A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal normal de 20 a 80% das mulheres sexualmente ativas. Quando, por um desequilíbrio dessa flora, ocorre um predomínio dessa bactéria (segundo alguns autores em associação com outros germes como bacteróides, mobiluncus, micoplasmas etc), temos um quadro que se convencionou chamar de vaginose bacteriana.

2-Fatores de virulência e Patogenicidade

Usa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre uma verdadeira infecção dos tecidos vaginais. Na vaginose, por outro lado, as lesões dos tecidos não existem ou são muito discretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do equilíbrio microbiano vaginal normal.

A vaginose por gardnerella pode não apresentar manifestações clínicas (sinais ou sintomas). Quando ocorrem, estas manifestações caracterizam-se por um corrimento homogêneo amarelado ou acinzentado, com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo desagradável. O prurido (coceira) vaginal é citado por algumas pacientes, mas não é comum. Após uma relação sexual, com a presença do esperma (de pH básico) no ambiente vaginal, costuma ocorrer a liberação de odor semelhante ao de peixe podre.

No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente, de balanite (inflamação do prepúcio e glande). A uretrite é geralmente assintomática e raramente necessita de tratamento. Quando presentes os sintomas restringem-se a um prurido (coceira) e um leve ardor (queimação) miccional. Raramente causa secreção (corrimento) uretral. No homem contaminado é que podemos falar efetivamente que se trata de uma DST.

FLORA MICROBIANA NORMAL: Nosso organismo, a partir do nascimento, entra em contacto com germes (bactérias, vírus, fungos etc) os quais vão se localizando na pele e cavidades (boca, vagina, uretra, intestinos etc) caracterizando o que se chama de Flora Microbiana Normal. Normal porque é inexorável e porque estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso organismo.
Existem condições em que este equilíbrio pode se desfazer (outras infecções, uso de antibióticos, 'stress', depressão, gravidez etc) e determinar o predomínio de um ou mais de seus germes componentes, causando então o aparecimento de uma infecção.

3-Epidemiologia

Usado com doenças humanas e animais para a sua distribuição, fatores causais e características em populações definidas. Inclui incidência, freqüência, prevalência, surtos endêmicos e epidêmicos e levantamentos ou estimativas de morbidade em áreas geográficas e populações específicas. Usado também com descritores geográficos para a localização de aspectos epidemiológicos de uma doença. Exclui mortalidade para o qual existe qualificador específico. somente qualificador; somente com doenças & geográficos; inclui "incidência", "freqüência", "prevalência", "ocorrência", "surtos"; não para "mortalidade" (= /mortalidade); não para "estatísticas" em termos não doença (= /estatist); veja definição

4-Diagnóstico

Usado com doenças para todos os aspectos de diagnóstico, incluindo exames, diagnóstico diferencial e prognóstico. Exclui exames de massa para os quais /prev é usado. Exclui diagnóstico cintilográfico (/cint), diagnóstico radiográfico (/radiogr), diagnóstico por ultrasom (/ultrasonogr). 

Usado com doenças para todos os aspectos de diagnóstico, incluindo exames, diagnóstico diferencial e prognóstico. Exclui exames de massa para os quais /prev é usado. Exclui diagnóstico cintilográfico (/cint), diagnóstico radiográfico (/radiogr), diagnóstico por ultrasom (/ultrasonogr). ultrasom (/ultrasonogr).  /prevenção & controle)

 5-Transmissão - Geralmente primária na mulher. Sexual no homem.


6- Tratamento

Medicamentoso: Metronidazol, Clindamicina.


Estuda-se a eficácia e tolerabilidade da associacäo tinidazol-tioconazol no tratamento de 60 pacientes portadoras de vulvovaginites causadas por Trichomonas, Gardnerella ou Cândida albicans. A associação foi administrada sob a forma de creme vaginal, contendo cada dose 150 mg de tinidazol e 100 mg de tioconazol, aplicada duas vezes ao dia durante três dias. As avaliações clínico-laboratoriais foram realizadas na inclusão, no 7o e no 28o dia após início do tratamento. Foi observada nas 60 pacientes uma redução significativa (p < 0,01) em todos os parâmetros clínicos estudados (corrimento, inflamação, eritema, fissura, odor e prurido) no 7o e 28o dias. A avaliação microbiológica revelou no 7o e 28o dias 90% e 82%, respectivamente, de ausência do patógeno inicial, sendo estes resultados estatisticamente significativos (p < 0,001). A avaliação clínica global evidenciou resultados excelentes ou bons em 95% das pacientes no 7o dia e em 88% das mesmas no 28o dia. Não foram observadas reações adversas em todo o período de estudo. A associação tinidazol-tioconazol revelou ser bastante eficaz e muito bem tolerada no tratamento destes três tipos de vaginites estudadas

Prevenção: Camisinha.